Pesquisa revela a forte ligação entre o tabagismo e doenças respiratórias em cães e gatos
Archive for 17 de agosto de 2009
Fumaça de cigarro causa problemas aos pets
Posted in Dog News, tagged cigarro, doenças respiratórias em cães, exposição ao cigarro, exposição à fumaça, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Fumaça de cigarro, fumo passivo, impacto, Organização Mundial da Saúde, prejuízos, problemas aos pets, pulmões, saúde de seu pet, tabagismo, vício, vítimas on 17 de agosto de 2009| 4 Comments »
Passeador de cão é profissão em alta
Posted in Curiosidades, tagged dogwalker, Passeador de cão, profissão em alta, sintomas de stress on 17 de agosto de 2009| 4 Comments »
Uma nova profissão vem surgindo no Brasil. São os dogwalkers ou dog-sitters, mais conhecidos como passeadores de cachorros. Além de crescer cada vez mais no mercado de trabalho e ganhar a confiança da clientela, a profissão pode gerar um bom rendimento mensal.
Desde que trocou a profissão de caseiro pela de passeador de cachorros, há três anos, Airton Tadeu Viana tem a agenda lotada. Aos 36 anos, trabalha das 7 às 19 horas, com entusiasmo. Tem 15 clientes por dia e cobra de R$ 5,00 a R$ 15,00, dependendo do serviço. “O pessoal está acostumado comigo, tem um que até pagou a minha carteira de habilitação. Já virei chofer de cachorro”, conta. Quando caseiro, o salário não chegava a R$ 400,00. Hoje, Viana ganha em média R$ 1.300,00. Airton Viana é um dos muitos dogwalkers ou dog-sitters que trabalham na cidade.
Quem passeia pelas regiões dos Jardins, Pacaembu e Higienópolis pode perceber a presença deles. Uma atividade que vem crescendo tanto, que já se estuda a sua regulamentação. Muita gente começa como Viana, que sempre gostou dos animais. Gosta tanto, que sai do Grajaú às 4h30 rumo à Praça das Guianas, nos Jardins. Ele anda todos os dias com uma meia-dúzia de golden retrievers, schnauzers e labradores.
Foi assim que a consultora de estética Branca Esteves conheceu o trabalho e mudou a vida dos seus dois dachshunds Pindin, de 7 anos, e Melvin, de 8 meses. “Eu não tinha tempo para sair com eles. Acabava sacrificando a minha agenda e o passeio deles”, diz Branca. Os passeios, segundo ela, eram um “horror”. Apressada, caminhava pela redondeza do bairro às 7 horas, de saia e salto alto. “Eles continuavam estressados.” O comportamento mudou depois das duas caminhadas diárias.
Entre os sintomas do stress: Pindin urinava em qualquer lugar da casa e Melvin rasgava as roupas. “Como um ser humano, o cão também tem a necessidade de sair, de passear, movimentar o corpo, sentir outros cheiros, ver outras paisagens”, explica o zootecnista Alexandre Rossi, especialista em psicologia comportamental de cães.
A maioria dos cachorros que a adestradora Maria Fernanda Faria dos Santos, de 43 anos, leva para passear é prova disso. Um deles, segundo Fernanda, ficou enciumado depois que os donos tiveram um filho. “Ele roía objetos da casa, o que mostra o seu estado psicológico. No passeio, além de ensinar comandos, o cão fica mais dócil, se socializa, gasta energia”, comenta Fernanda, que cobra R$ 40,00 a hora.
Por isso, cães que eram agitados, como a labradora Cora, de 5 anos, acabam ganhando força física e tornam-se mais obedientes. “Depois de adestrada pela Fernanda, que passeia com ela duas vezes por semana, é muito mais fácil passear com a Cora”, diz a empresária Sílvia Carramaschi.
Diante dessa rotina, passeador, cão e proprietário viram cúmplices. Não é raro ver o passeador chegar e ser recebido pelo animal como se fosse o dono. “Isso porque o passeio se torna um momento de felicidade para eles”, salienta Rossi. É assim que o casal Raquel Yukie Hama e Paulo Carreiro, ambos de 27 anos, é recebido pelos cães e pelos clientes. Donos de uma empresa especializada em passear com cães, a Dogwalker, eles se tornaram empresários quase por acaso, quando Raquel levava cachorros dos vizinhos para passear no Ibirapuera. Ela só pedia uma contribuição. “Eu tinha acabado de ganhar um labrador e ficamos conversando sobre os cães”, lembra Carreiro.
Como Raquel ia a pé, Carreiro se ofereceu para levar cachorros. “Tinha um carro velho e levava alguns cães. Nem preciso falar como o carro ficou.” Seis meses depois, começaram a namorar. Casados, montaram a empresa e hoje têm até uma van para levar os “clientes”. Raquel, ex-bancária, e Carreiro, web designer, dão aulas para passeadores que querem se aperfeiçoar. “Temos orientação com uma psicóloga comportamental, um veterinário dá curso de primeiros socorros e ensinamos como controlar os cães”, diz Carreiro.
Além desse curso, os interessados podem procurar escolas que dêem noção de adestramento e aulas para condutores de cães. São rápidos e não custam muito”, diz o cinófilo Anderson Rodrigues. O presidente da Associação Brasileira de Cinotécnicos, Sérgio Moro, faz outro alerta: como a profissão não é regulamentada, estão ocorrendo acidentes que podem prejudicar a imagem dos passeadores. “Estamos procurando a regulamentação no Centro de Controle de Zoonoses, que estuda legalizar também a profissão de adestrador”, diz.
O perigo, segundo ele, está fato de o mercado estar “lotado de pessoas que não têm o mínimo de preparo”. A maioria dos dogwalkers é gente que está desempregada e viu aí uma forma de sobreviver. Mas é importante que procurem aumentar o conhecimento, para não prejudicar quem faz um trabalho sério.” Entre as obrigações dos passeadores, uma exigência que nem sempre é obedecida: os donos querem que as fezes dos animais sejam recolhidas depois do passeio.